terça-feira, 10 de novembro de 2009

Capítulo 32 - África e Ásia após a segunda guerra




O Colonialismo e o Imperialismo contribuíram para tornar a maioria dos países africanos e asiáticos os mais pobres do mundo. Depois da 2ª Guerra Mundial, a maioria destes países se tornou independente, mas continuaram subordinados aos interesses imperialistas. Estes países constituem o que chamamos de Terceiro Mundo.

A descolonização da África e da Ásia

Entre 1945 e 1960 a maioria dos países africanos e asiáticos conquistou a independência. O declínio da Europa após a Segunda Guerra foi um dos principais motivos para isso ocorrer. Ela já não tinha o mesmo poder do passado para impor sua vontade sobre todos os povos do mundo. O apoio dado pelas superpotências EUA e URSS também ajudaram na independência das colônias. Os EUA queriam acesso a um mercado muito maior, por isso o apoio à independência. Já a URSS queria se mostrar companheira às lutas de libertação, ganhando a amizade dos novos povos independentes.

A luta dos próprios povos coloniais também foi fundamental. O direito de ser livre, e o repúdio ao racismo e ao imperialismo levaram os povos oprimidos a lutarem e conquistarem sua independência.

Descolonização na Ásia

A maioria dos países asiáticos conseguiu a independência por guerra de libertação ou concessão pacífica da independência pelas metrópoles.

Quando ocorria guerra, normalmente o novo país passava por um processo de transformações inspiradas no socialismo. A explicação para isso é que as elites dos países colonizados se uniam à metrópole na exploração da colônia.

Quando a metrópole simplesmente concedia independência à colônia, era porque haviam transferido o poderio à elite dali. Assim, a metrópole seguia exercendo predomínio econômico sobre a ex-colônia. Era o neocolonialismo.

Descolonização na África

Em 1956, haviam apenas três países africanos independentes. Em cinco anos este número pulou para trinta e dois.

Iremos citar dois exemplos: Argélia e Congo.

Na Argélia os colonos franceses dominavam as terras boas, e viviam no luxuoso estilo de vida europeu, enquanto os argelinos viviam em favelas. Em 54 surgiu a Frente de Libertação Nacional, que usava táticas de guerra para lutar pela independência. A França reprimiu brutalmente, assassinado e torturando presos políticos. Apesar disso, os argelinos resistiram. Enquanto a esquerda francesa apoiava a libertação, a direita criou uma organização terrorista que atacava os anticolonialistas. No fim, o povo argelino venceu, quando o presidente francês Charles de Gaulle aceitou a independência do país, em 62.

O Congo pertencia à Bélgica e conquistou independência em 60, após manifestações de revolta popular. Porém, multinacionais interessadas em explorar o rico subsolo do país financiaram mercenários, que promoveram a separação da província de Katanga do resto do país. Estourou uma guerra civil. O presidente Kasavubu fez um acordo com o inimigo e traiu o primeiro-ministro, que foi preso e executado pelos rebeldes. A grana dos EUA e os mercenários belgas ajudaram a trucidar todos que ousaram defender propostas nacionalistas e de esquerda. Após uma trégua em que cada líder passava rasteira no outro, o general Mobutu impôs uma ditadura que abriu o Congo aos interesses das empresas estrangeiras.

Nenhum comentário:

Postar um comentário